por Jéssica Z. H.
Gay é um adjetivo da língua inglesa
que significa alegre, usado há mais de meio século também como substantivo
alternativo para nomear cidadãos homossexuais. O que esperar, então, de uma
cidade que tem a palavra alegre no nome, no que diz respeito ao público LGBT
(lésbicas, gays, bissexuais, transexuais)?
Se, por um lado, a Embratur
(Instituto Brasileiro de Turismo) considera a capital gaúcha como um dos sete
destinos gay-friendly do país, por outro, a fama de machista dos rio-grandenses
é reafirmada por meio de vários episódios de homofobia. Um deles ocorreu em
2014, quando seria realizado um casamento coletivo, do qual participaria o casal
Solange Rodrigues e Sabriny Benites. A cerimônia estava prevista para acontecer
em um sábado, dia 13 de setembro aquele ano, no Centro de Tradições Gaúchas
(CTG) da cidade em Santana do Livramento.
Nossa cidade tem como característica o bairrismo: Aquele que defende com entusiasmo os interesses de sua terra. E um desses interesses é a questão da masculinidade, que é uma herança passada de pai para filho. Contudo, apesar desse tipo de acontecimento, será que Porto Alegre é uma cidade verdadeiramente gay-friendly? O público LGBT considera que sim. O estudante Gabriel Ferraz, 19 anos, diz que, mesmo com a violência e alguns episódios de crime de homofobia, acredita que Porto Alegre seja uma capital segura para os gays. Ele conta que há boas opções de lazer, que a cidade não fica atrás de nenhuma outra, mas afirma que violência contra homossexuais existe sim e que, “dependendo do lugar, há o risco de sofrer homofobia”. Gabriel, que se assumiu aos 14 anos, também avalia que a entrada dos homossexuais no mercado de trabalho da cidade é dificultada por causa do preconceito. “Cada área tem um perfil de candidato e, se for um lugar mais descolado, a entrada é mais acessível”.
Nossa cidade tem como característica o bairrismo: Aquele que defende com entusiasmo os interesses de sua terra. E um desses interesses é a questão da masculinidade, que é uma herança passada de pai para filho. Contudo, apesar desse tipo de acontecimento, será que Porto Alegre é uma cidade verdadeiramente gay-friendly? O público LGBT considera que sim. O estudante Gabriel Ferraz, 19 anos, diz que, mesmo com a violência e alguns episódios de crime de homofobia, acredita que Porto Alegre seja uma capital segura para os gays. Ele conta que há boas opções de lazer, que a cidade não fica atrás de nenhuma outra, mas afirma que violência contra homossexuais existe sim e que, “dependendo do lugar, há o risco de sofrer homofobia”. Gabriel, que se assumiu aos 14 anos, também avalia que a entrada dos homossexuais no mercado de trabalho da cidade é dificultada por causa do preconceito. “Cada área tem um perfil de candidato e, se for um lugar mais descolado, a entrada é mais acessível”.
Giovane Flores Pinheiro, 21 anos,
homossexual assumida desde os 18 anos, concorda que ainda há muita violência
motivada por homofobia. “Em nenhuma cidade vai ser ‘tranquilo’ se assumir, mas
a gente enfrenta todos os problemas como pode, segue em frente e continua nesse processo de desconstrução com algumas pessoas. Todo e qualquer tipo de
lazer é válido. Gays têm todo o direito de viver e de se divertir, como
qualquer outro ser humano, independente do gênero”, fala Giovane, que conta não
ter enfrentado problemas na vida profissional. “Eu, particularmente, nunca tive problemas para arrumar emprego
devido à minha sexualidade. Também nunca tive problemas na faculdade por isso,
mas ainda existe muito preconceito na hora de contratar uma pessoa
homossexual”.
“O mercado de trabalho ainda é muito
antiquado, pois leva muito em conta, muitas vezes, a forma física, a imagem do
candidato a uma vaga, não as experiências, o quanto ele quer trabalhar ou
mostrar seu trabalho”, afirma Pamela Santos, 25 anos. Ela diz que não há uma cidade
que seja melhor para um gay viver, que em todas é preciso ter coragem para se assumir
ser aquilo que realmente é, pois não é uma escolha. “Creio que ninguém iria
escolher passar por situações de preconceito e homofobia”, fala Pamela, que,
por ser homossexual, já sofreu muito preconceito e até mesmo tentativas de agressões. No que diz
respeito ao lazer, há lugares mais específicos no bairro Cidade Baixa, que
concentra o maior público gay de Porto Alegre. “Mas a escolha depende de cada
um, pois também frequentamos os mesmos lugares de heteros”, diz Pamela.
Adorei esse texto, muito bem escrito e detalhando casos... Infelizmente, continuamos com o preconceito da nossa sociedade machista, contudo, podemos perceber hoje, um maior respeito as pessoas e ao seu gênero... Parabéns!!!
ResponderExcluirAdorei esse texto, muito bem escrito e detalhando casos... Infelizmente, continuamos com o preconceito da nossa sociedade machista, contudo, podemos perceber hoje, um maior respeito as pessoas e ao seu gênero... Parabéns!!!
ResponderExcluirParabéns pelo artigo, Jessica! Respeito é bom e todo mundo gosta.Bjos
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