por
Babi Stein
Cada ser humano é muito único e tem
diferentes formas de relação com o ambiente em que se encontra e consigo
próprio. Entre nossos amigos e familiares, conhecidos de alguma festa ou do
ônibus, podemos contar inúmeras personalidades. Há aqueles que são mais
extrovertidos, falam quase tudo e às vezes a todo o momento. Outros são mais
introvertidos, não necessariamente tímidos, mas são de certa forma mais
resguardados.
Isso é o mais básico que podemos
observar, pois dentro de cada pessoa há um universo inteiro ao qual o acesso já
é mais complicado. Só conseguimos entrar nesse mundo interior se a pessoa
permitir, falando das coisas que há por lá. Mas muitas vezes nada é dito. A “chave”
não é dada a ninguém. Dá-se uma chave falsa, mostra-se um “eu” talvez mais
bonito, delicado, com qualidades que atraiam os outros para si. Mas isso faz
com que a pessoa se afaste de si mesma.
Não devemos falar sem pensar: isso
pode causar feridas que não são necessárias. O problema está em quando pensamos
e refletimos mil coisas, mas nunca as exteriorizamos. Acabamos
nos ferindo. Tentar enterrar ou remexer aquilo que nos afeta de alguma
forma o tempo todo pode nos fazer cair em diversas patologias, como a
depressão.
Assim como outras psicopatologias
(transtornos pelo uso de substâncias, ansiedade, esquizofrenia e
transtornos de personalidade), a depressão muitas vezes não é uma doença “levada
a sério”. Há ainda quem afirme que “é só lavar uma louça que passa”. Dizer
coisas desse tipo em nada ajuda. Mas essa é uma ideia muito difusa em senso
comum. E cada vez mais aqueles que precisam de ajuda se sentem mais perdidos e
transtornados, algumas vezes chegando ao suicídio. Em um país em que a média é
de um suicídio a cada 45 minutos, em um mundo em que aproximadamente 800 mil
pessoas dão fim à própria vida por ano, frases assim não deveriam fazer parte
das ideias de ninguém.
Perante esses números – representando pessoas – estamos vivendo o Setembro
Amarelo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 90% dos casos são preveníveis,
por poderem ser acompanhados e terem suas origens (alguma psicopatologia)
tratadas. A campanha do Setembro Amarelo objetiva conscientizar as pessoas de
que é preciso falar sobre isso, mostrar o que é o suicídio, o quanto pode
afetar as pessoas que mantinham relações com a pessoa que optou por se matar,
e, principalmente, tratar aquilo que poderá ocasionar essa escolha.
Sabendo que “falar é a melhor
solução”, o Centro de Valorização da Vida (CVV) criou o portal Como Vai
Você?, contando com voluntários capacitados para conversar com quem quiser
ajuda. No site (link abaixo) você pode optar por conversar em total
sigilo via chat, Skype, e-mail, carta, pessoalmente ou ligando para o
141.
“Falar é a melhor solução”. Resolva
seus problemas, sendo sincero consigo próprio e com alguém de sua confiança.
Não se sinta envergonhado por buscar alguma terapia. Fale. Viva.
Para
maiores informações:
Ótimo texto, Babi! Bjos
ResponderExcluirSetembro Amarela esta se indo, contudo o texto proposto por você continua marcado pela falta de entendimento, sabedoria, conhecimento sobre o fato narrado por ti. Saudações Babi pela amostra do que devemos discutir durante o tempo de nossos momentos. Parabéns pela produção e aproveito para reforçar a ideia de apresentar na Multifeira da escola mediante palestra sobre. Grande abraço
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