quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Ansiedade



por Mariana Brentano


Quando se fala em ansiedade, qual a primeira coisa que vem na tua cabeça? Considere-se sortudo se você não tem que conviver com isso todos os dias. Não diminuindo a importância de nenhum transtorno, mas hoje estou aqui para falar de transtorno de ansiedade, o mal do século XXI.

Há vários tipos de ansiedade, estresse pós-traumático, ansiedade generalizada, pânico, fobia simples, fobia social, TOC. A principal característica da ansiedade é a sensação de que alguma coisa ruim irá acontecer. A ansiedade pode vir acompanhada de depressão, e os sintomas podem ser de mais de um desses tipos citados acima. A ansiedade não é uma doença fácil de ser compreendida. Cada pessoa reage de um modo a ela. Algumas pessoas conseguem controlá-la apenas com tratamento psicológico, já outras precisam da ajuda de medicamentos, e para algumas isso só ajuda a diminuir a ansiedade, não a acabar com ela.

A ansiedade de estresse pós-traumático acontece após algum acontecimento traumático, como ser assaltado. Então a pessoa fica achando que isso vai acontecer novamente a todo o momento. A ansiedade generalizada ocorre quando a pessoa fica preocupada excessivamente com algo, fazendo-a ficar facilmente irritável, inquieta e com problemas de concentração. A síndrome do pânico é caracterizada por ataques inesperados de pânico, considerado um período de extrema ansiedade. A fobia simples é o medo irracional de alguma coisa ou alguma situação. Alguns exemplos são fobia de sangue, animais, altura. A fobia social está relacionada à interação pública; uma de suas características é suor e tremor. O TOC pode ser considerado o mais invasivo desses transtornos, pois a pessoa fica pensando repetitivamente em algo, uma ação, uma imagem, o que causa sofrimento a quem está sofrendo desse transtorno. A pessoa tenta aliviar essa obsessão com alguns gestos como lavar repetitivamente as mãos, verificar toda hora se a porta está fechada, repetir atos, etc.

Para quem não sofre de ansiedade, pode soar absurdo que alguém viva diariamente com isso em si, porém não é. As pessoas que convivem com gente que sofre de ansiedade precisam primeiramente entender que a pessoa não tem culpa de ser ansiosa. Ansiosos muitas vezes não conseguem nem sair de casa por causa disso. A ansiedade é imprevisível, pode atacar a qualquer momento, e se você conhece alguém ansioso, deveria procurar compreender como agir com essa pessoa.

É, eu sei, é difícil conviver com gente ansiosa. É difícil ver alguém próximo sofrer de ansiedade, que às vezes trás a depressão consigo. Sabemos que quem sofre não é só a pessoa, mas também todo mundo que convive com ela. Por fora a pessoa pode parecer bem, pode estar seguindo com sua vida normalmente, fazendo suas coisas normalmente, mas nunca sabemos o que se passa dentro de cada um.

Esses transtornos vão dominando a capacidade de sentir do indivíduo, assim todo sentimento é excessivo. Não culpe o indivíduo, ele não tem culpa de estar sofrendo disso, nunca será o culpado, lembre-o disso. Algo que é extremamente irritante no diagnóstico dos médicos é que parece que alguém só está mal quando tenta fazer algo contra si mesmo.

Se você conhece alguém que sofre de algum desses transtornos, vou ajudar-te a saber como lidar com o seu próximo:

- Qualquer mudança que você notar nessa pessoa, fale, pois pode ser importante. Demonstre que se importa, não seja apenas mais um que pergunta se está tudo bem apenas esperando ouvir um sim e continuar a conversa. Demonstre preocupação, demonstre que quer o bem da pessoa.

- Não tente aconselhar ou curar a pessoa você mesmo; há profissionais para isso. Palavras como “é coisa da tua cabeça”, “é só não pensar nisso” não ajudam em nada.

- Não leve os sintomas para o lado pessoal, não deixe isso estragar a sua relação com a pessoa, e muito menos se culpe pela pessoa estar mal; isso só irá fazer ela se sentir mal por fazer você se culpar.

- SUGIRA ACOMPANHAMENTO PROFISSIONAL! Não deixe que o seu próximo se perca num mar de sentimentos incontroláveis, ajude-o, fale com os seus pais, leve-o a um profissional, faça o possível para demonstrar que você fará tudo para o seu bem. Incentive-o, faça-o ver que nem tudo está perdido.

Eu espero ajudar a todos que leiam isso a entender melhor sobre a doença para lidar com o próximo, ou mesmo se identificar e procurar ajuda. Se você se identificou com algo dito aqui, converse com seu responsável e procure ajuda. Se você é independente, vá por conta própria, peça apoio a um amigo, mas nunca deixe para mais tarde. 


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